Aécio Neves comemora vitória. Senadores maranhenses votam a favor do tucano

POLÍTICA
18/10/2017

Depois de algumas semanas de pressão, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) respirou aliviado. É que o plenário do Senado decidiu reverter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e, pôs fim ao afastamento do parlamentar. Com isso, Aécio poderá retomar as atividades parlamentares.

A votação no Senado foi aberta e cada senador assumiu publicamente, no painel do plenário, o seu voto. Com os votos de 44 senadores contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis, os parlamentares impediram o afastamento de Aécio, o seu recolhimento domiciliar noturno e reverteram a obrigação de entregar o passaporte. Não foram registradas abstenções. Os senadores maranhenses Edison Lobão (PMDB-MA), João Alberto Souza (PMDB-MA) e Roberto Rocha (PSDB-MA) seguiram as orietações de suas bancadas e votaram favoráveis a manutenção do mandato do parlamentar.

Após o resultado, a assessoria de Aécio divulgou a seguinte nota:

"O senador Aécio Neves recebeu com serenidade a decisão do plenário do Senado Federal que lhe permite retomar o exercício do mandato conferido pelo voto de mais 7 milhões de mineiros. A decisão restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático, garantindo tanto a plenitude da representação popular, como o devido processo legal, assegurando ao senador a oportunidade de apresentar sua defesa e comprovar cabalmente na Justiça sua inocência em relação às falsas acusações das quais foi alvo."

Sobre o processo

Aécio Neves estava afastado das funções de senador desde o dia 26 de setembro. Ele também  teve o passaporte retido e o recolhimento domiciliar noturno determinado pelo STF após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas da empresa J&F.

Em junho, o parlamentar foi acusado e receber R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, com o qual foi gravado, em ação controlada pela Polícia Federal, em conversas suspeitas. O dinheiro teria sido solicitado pelo próprio Aécio, cujo objetivo seria cobrir despesas com advogados. Em troca, ele teria oferecido sua influência política para a escolha de um diretor da mineradora Vale. Ele nega as acusações, afirmando que a quantia se refere a um empréstimo particular.

*Com informações da Agência Brasil

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