Denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atinge o PMDB

POLÍTICA
09/09/2017

Um “furacão” pairou sobre a política brasileira e pelo andar da carruagem ainda irá causar muitos estragos. Depois de denúncias contra o PP e PT, desta vez é o PMDB que foi alvo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O magistrado apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (8), denúncia contra os senadores Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO), além do ex-senador e ex-presidente José Sarney e ex-senador pelo PSDB e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (CE).

Segundo Janot, os acusados integravam organização criminosa e receberam vantagens indevidas de cerca de R$ 864 milhões em propina e geraram prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos cofres da Petrobras e de R$ 113 milhões aos da Transpetro. A denúncia diz que o grupo obteve cargos na Petrobras e na Transpetro em troca do apoio dado ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). As vantagens indevidas seriam cobradas por diretores indicados pelo partido, que se mantinham no cargo graças ao apoio dos políticos.

 Respostas dos denunciados

O advogado dos senadores Romero Jucá e Edison Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirma que recebeu com "bastante perplexidade" a denúncia e diz esperar pela rejeição do Supremo. Em relação a José Sarney, Kakay, que defende o peemedebista, diz que a situação é "completamente diferente" porque o ex-presidente "já não é senador e não fazia parte dessa discussão de cargo". Ele acrescenta ainda que “o ex-presidente sequer deveria estar nessa linha de produção porque sequer participou dessas indicações”.

Em nota, a assessoria de Valdir Raupp diz que o senador foi acusado injustamente e “irá demonstrar sua inocência” por não ter indicado nenhum dirigente para diretorias da Petrobras e da Transpetro. O senador ainda destacou que é de se estranhar e causar espanto que a “denúncia feita no apagar das luzes da atual gestão da Procuradoria Geral da República, tenha como base delações feitas por pessoas que não conheço e nunca tive qualquer relação pessoal ou política”.

A defesa do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em nota que seu cliente "continua colaborando com a Justiça". Disse ainda que "sua colaboração trouxe provas materiais sobre crimes envolvendo políticos e fornecedores da Transpetro, que vêm sendo confirmados por outras colaborações, e já resultou na instauração de diversos procedimentos perante o Supremo Tribunal Federal, além de inquéritos policiais na Subseção Judiciária de Curitiba".

 

*Com informações dos portais G1 e R7

 

 

 

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