O Ministério Público de São Paulo, via a promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha, ajuizou uma ação civil pública contra Fundação João Paulo II onde afirma que a entidade tem atuado com “nítido desvio de finalidade, denotando o controle da entidade a favor dos interesses da Comunidade Canção Nova.”
Nesta ação civil pública, o MP-SP acusa a Fundação São João Paulo II (FJP II) de repassar recursos financeiros de forma irregular à Comunidade Canção Nova. Na petição inicial, o órgão requer que membros do conselho deliberativo da FJP II, que pertencem à Canção Nova, sejam afastados.
O Padre Wagner Ferreira da Silva, presidente da Comunidade Canção Nova e da Fundação João Paulo II publicou um vídeo na sexta-feira passada (24) em que fala sobre ação civil e afirma que o MP-SP “buscar laicizar” a fundação e “ameaça diretamente a missão de evangelização” da entidade.
“A Fundação não pode se prestar, como deseja o Ministério Público, a ser uma promotora de políticas públicas pura e simplesmente e sim ser o braço que sempre serviu como meio de evangelização. Nós não vamos permitir que isso aconteça. Vamos tomar todas as medidas legais cabíveis para defender a Fundação João Paulo II, a Canção Nova e a missão de evangelização confiada à nossa comunidade”, disse o padre.
A entidade, através de seus advogados ainda entrou com um pedido junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo para que o processo fosse colocado em sigilo, mas este foi negado e determinado “amplo acesso ao conteúdo” já que o mesmo é de interesse público.
Diante da repercussão nacional e de muitas criticas nas redes sociais, o Ministério Público de São Paulo emitiu uma nota de esclarecimento onde afirma que “as versões difundidas nas redes sociais sobre uma suposta investida da dedicada promotora de Justiça autora da ação pela laicização da entidade, prejudicando assim a Canção Nova, não têm a mínima procedência”.
Mas fica a pergunta: por que então na ação a promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha no tocante à Fundação João Paulo II pede que seja colocados leigos na entidade?
Em um novo vídeo, o Padre Roger Luís, que atua nas atividades da Canção Nova afirma: “A ação ajuizada pelo MP de Cachoeira Paulista é uma tese defendida com o objetivo de retirar a maioria dos membros da Comunidade Canção Nova do governo da FJPII.”