Pelo que parece a população de Santa Rita não está nada satisfeita com a possibilidade da instalação da Bomar Pescados no município. A empresa que explora o comércio da carnicicultura no Ceará comprou 4.200 hectares de terra para instalar megas fazendas de criação de camarão no município. Desde o final de 2016, a Bomar Pescados está em negociação com o Governo do Estado para se implantar no Maranhão.
O Governo do Estado inclusive divulgou que serão gerados 1600 empregos diretos e 6400 indiretos, onde 97% da mão de obra será local, de acordo com dados da empresa, e que ela trabalha com sistema de integração, incentivando a carcinicultura familiar. (Veja Aqui)
Mas, as entidades representativas do municipio não pensam da mesma forma e estão com um pé atrás. Um abaixo assinado contra a implantação das fazendas já conta com mais de 3 mil assinaturas. Segundo uma pessoa que faz parte de uma das entidades, e que preferiu não se identificar, as fazendas "irão impactar o meio ambiente e destruir igarapés e mangues".
As entidades afirmam que não existe um Plano de Manejo que oriente quais atividades podem ser implantadas na área e acreditam que se estas fazendas forem instaladas sem o devido estudo, o estrago ambiental atingirá também os municipios de Anajatuba, Itapecuru, Arari e até São Luís.
Segundo eles, os Campos Naturais de Santa Rita é o Pantanal Maranhense e "não pode ser destruído por causa de fazendas de camarão que empregam pouco e que podem destruir esse imenso ecossistema do nosso Estado".
Os representantes do Sindicato dos Pescadores de Santa Rita, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Associação dos Criadores, entidades que congregam cerca de 10 mil pessoas, realizarão nesta segunda-feira, 11, a partir das 8h, no Salão Paroquial da Igreja, a "Assembleia do Povo", um evento pela preservação dos Campos Naturais de Santa Rita e da Baixada Maranhense.
Bom, e agora? Espaço aberto para Bomar Pescados, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Governo do Estado.