Marielle Franco: a comoção causada pelas redes sociais

15/03/2018

O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) ecoou pelas redes sociais e causou comoção, indignação, revolta, protestos e até bate-boca entre os internautas. Milhares de mensagens foram publicadas desde que foi confirmada, ainda na noite de quarta-feira, 14, a notícia que a política havia morrido após ser alvejada com 4 tiros na cabeça. A violência não passou despercebida dos usuários do Instagram, Facebook, Twitter e Whatsapp. De lá partiram uma profusão de vídeos, fotos e hashtag. 

O crime também foi pauta no executivo, legislativo e judiciário. Foi falado entre artistas globais, cantores, celebridades, intelectuais, imprensa nacional e internacional e desconhecidos. Parlamentares de diferentes vertentes políticas, governos e entidades publicaram notas, deram entrevistas, postaram em suas contas nas redes sociais e assim deixaram registrado a sua indignação. E pelas redes sociais o povo foi convocado para ir às ruas protestar contra a violência.

Até essa brutal execução, milhares de brasileiros não sabiam quem era Marielle Franco. Milhares não sabiam que a carioca quando viva tinha sido eleita com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral. A maioria esmagadora dos brasileiros não sabia que Marielle teve uma vida “marcada pela luta em defesa dos direitos humanos”. Mas, bastou a sua morte viralizar nas redes sociais que logo se tornou um dos nomes mais populares nas últimas 24 horas.

A repercussão foi tão grande que o Jornal Nacional fez sua homenagem a ativista: encerrou a edição desta quinta-feira,15, sem a sua tradicional vinheta, apenas com a imagem de Marielle no telão. Deferências assim já foram feitas para Ayrton Senna, Roberto Marinho, Jonh Lennon e Tancredo Neves. Só para citar.

O crime serviu também para fazerem críticas pesadas contra a polícia militar, a intervenção no Rio de Janeiro, contra o preconceito racial e contra o presidente Michel Temer (aqui nenhuma novidade). Detalhe: os tiros em Marielle também vitimou Anderson Pedro Gomes, um pai de família que fazia um bico de motorista. Aliás, alguém sabe quem é Anderson Pedro? Bom, sua pessoa nada. Agora, o que sabe-se mesmo é que ele e a vereadora agora fazem parte da estatística das mais de 60 mil pessoas assassinadas, por ano, no Brasil, segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.   

Pergunta que não quer calar - Depois de toda essa comoção, será que as redes sociais amanhã irão virar a página Marielle Franco e partirão para viralizar outros acontecimentos e bombar novas hashtags e campanhas?

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